sábado, 28 de março de 2015


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A semente
“E, quando semeias, não semeias o corpo que há de
nascer, mas o simples grão de trigo ou de outra qualquer
semente.”
Paulo (I Coríntios, 15:37)
Nos serviços da Natureza, a semente revestese,
aos nossos olhos, do
sagrado papel de sacerdotisa do Criador e da Vida.
Gloriosa herdeira do poder divino, coopera na evolução do mundo e
transmite silenciosa e sublime lição, tocada de valores infinitos, à criatura.
Exemplifica sabiamente a necessidade dos pontos de partida, as requisições
justas de trabalho, os lugares próprios, os tempos adequados.
Há homens inquietos e insaciados que ainda não conseguiram compreendêla.
Exigem as grandes obras de um dia para outro, impõem medidas tirânicas pela
força das ordenações ou das armas ou pretendem trair as leis profundas da Natureza;
aceleram os processos da ambição, estabelecem domínio transitório, alardeiam
mentirosas conquistas, inchamse
e caem, sem nenhuma edificação santificadora
para si ou para outrem.
Não souberam aprender com a semente minúscula que lhes dá trigo ao pão
de cada dia e lhes garante a vida, em todas as regiões de luta planetária.
Saber começar constitui serviço muito importante.
No esforço redentor, é indispensável que não se percam de vista as
possibilidades pequeninas: um gesto, uma palestra, uma hora, uma frase pode
representar sementes gloriosas para edificações imortais. Imprescindível, pois,
jamais desprezálas.

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