quinta-feira, 11 de junho de 2015


O PÃO NOSSO (Francisco Cândido Xavier)

 19 Falsas alegações

“Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?
Peçote que não me atormentes.” (Lucas, 8:28)


O caso do Espírito perturbado que sentiu a aproximação de Jesus,
                     recebendo lhe a presença com furiosas indagações, apresenta muitos                           aspectos dignos de estudo.
A circunstância de suplicar ao Divino Mestre que não o atormentasse
requer muita atenção por parte dos discípulos sinceros.
Quem poderá supor o Cristo capaz de infligir tormentos a quem quer que
seja? E, no caso, trata se de uma entidade ignorante e perversa que, nos íntimos
desvarios, muito já padecia por si mesma. A vizinhança do Mestre, contudo, trazialhe
claridade suficiente para contemplar o martírio da própria consciência, atolada
num pântano de crimes e defecções tenebrosas. A luz castigavalhe
as trevas interiores e revelava lhe a nudez dolorosa e digna de comiseração.
O quadro é muito significativo para quantos fogem das verdades religiosas
da vida, categorizando lhe o conteúdo à conta de amargo elixir de angústia e
sofrimento. Esses espíritos indiferentes e gozadores costumam afirmar que os
serviços da fé alagam o caminho de lágrimas, enevoando o coração.
Tais afirmativas, no entanto, denunciam nos. Em maior ou menor escala,
são companheiros do irmão infeliz que acusava Jesus por ministro de tormentos.

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