domingo, 19 de outubro de 2014

O Pão Nosso

No Serviço Cristão
“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal do
Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito,
estando no corpo, o bem ou o mal.”
Paulo (II Coríntios, 5:10)
Não falta quem veja no Espiritismo mero campo de experimentação
fenomênica, sem qualquer significação de ordem moral para as criaturas.
Muitos aprendizes da consoladora Doutrina, desse modo, limitamse
às
investigações de laboratório ou a discussões filosóficas.
É imperioso reconhecer, todavia, que há tantas categorias de homens
desencarnados, quantas são as dos encarnados.
Entidades discutidoras, levianas, rebeldes e inconstantes transitam em toda
parte. Além disso, incógnitas e problemas surgem para os habitantes dos dois planos.
Em vista de semelhantes razões, os adeptos do progresso efetivo do mundo,
distanciados da vida física, pugnam pelo Espiritismo com Jesus, convertendonos
o
intercâmbio em fator de espiritualidade santificante.
Acreditamos que não se deve atacar outro círculo de vida, quando não nos
encontramos interessados em melhorar a personalidade naquele em que respiramos.
Não vale pesquisar recursos que não nos dignifiquem.
Eis por que para nós outros, que supomos trazer o coração acordado para a
responsabilidade de viver, Espiritismo não expressa simples convicção de imortalidade: é
clima de serviço e edificação.
Não adianta guardar a certeza na sobrevivência da alma, além da morte, sem o
preparo terrestre na direção da vida espiritual. E nesse esforço de habilitação, não
dispomos de outro guia mais sábio e mais amoroso que o Cristo.
Somente à luz de suas lições sublimes é possível reajustar o caminho, renovar a
mente e purificar o coração.
Nem tudo o que é admirável é divino.
Nem tudo o que é grande é respeitável.
Nem tudo o que é belo é santo.
Nem tudo o que é agradável é útil.
O problema não é apenas de saber. É o de reformarse
cada um para a extensão
do bem.
Afeiçoemonos,
pois, ao Evangelho sentido e vivido, compreendendo o
imperativo de nossa iluminação interior, porque, segundo a palavra oportuna e sábia do
Apóstolo, “todos devemos comparecer ante o tribunal do Cristo, a fim de recebermos, de
acordo com o que realizamos, estando no corpo, o bem ou o mal”.
Emmanuel
Pedro Leopoldo, 22 de fevereiro de 1950.

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